Empresas tentam dar contribuição a Rio+20
A conferência Ethos Internacional 2012, que iniciou na segunda-feira em São Paulo, deve produzir uma das principais contribuições do setor empresarial para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que se inicia nesta quarta-feira.
O evento vai apresentar uma lista de nove ações que as empresas signatárias se comprometem a tomar para ajudar na transição da economia brasileira para o que o instituto chama de economia verde, inclusiva e responsável (que não envolva corrupção). Junto com esses compromissos devem ser apresentadas também demandas aos chefes de Estado presentes na Rio+20.
"O que queremos dizer com isso é: vamos fazer tais e tais coisas para desenvolver a economia verde do Brasil, mas também queremos do governo que aprove ações que estão presentes no rascunho zero da Rio+20, e estão sendo debatidas pelas nações, para não perdermos oportunidades de negócio e competitividade", explica Jorge Abrahão, presidente do Instituto Ethos.
Entre os compromissos, o primeiro é "operar dentro dos limites dos sistemas naturais, aumentar a ecoeficiência e buscar a ecoefetividade, por meio da redução do consumo total e da intensidade de insumos (como água e energia) e materiais".
Em seguida, os empresários se propõem a ir além da inovação incremental - que apenas aperfeiçoa um produto, serviço ou processo - para fazer a chamada inovação disruptiva. Uma das críticas comuns que especialistas em economia verde, como o indiano Pavan Sukhdev e o brasileiro Ricardo Abramovay, vem fazendo ao processo de negociação da economia verde é que muitos países estão tratando o tema como uma mera questão de ter tecnologias verdes. E grupos da sociedade civil que vão participar da Cúpula dos Povos alegam que a economia verde é mais uma tentativa dos países ricos se imporem às nações em desenvolvimento.
Fonte: Jornal O Estado de S.Paulo