Construção civil reformula produtos para elevar ecoeficiência

No ano em que diversos países se reunirão, na Rio+20, para discutir a “Economia Verde”, o mercado brasileiro de construção civil mostra que essa não é uma preocupação nova. Com crescimento estimado em 5,2% pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo), o setor vem investindo em produtos com novas composições para garantir um desenvolvimento mais sustentável e atender a uma demanda crescente por produtos com diferenciais ambientais.

A tecnologia tem sido uma forte aliada no lançamento de produtos que buscam preservar os recursos naturais e ao mesmo tempo trazer mais agilidade e qualidade para as construções. Neste cenário, o plástico se apresenta como uma fonte de soluções para o setor.

“A construção civil é uma área de importância estratégica para o desenvolvimento do País e que se mostra em constante desenvolvimento desde o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento, Programa Minha Casa Minha Vida e com a vinda da Copa do Mundo e das Olimpíadas para o Brasil. Para apoiar esse crescimento, apostamos na expansão de nosso negócio e no consequente aumento do fornecimento de matéria-prima”, afirma Marcelo Cerqueira, vice-presidente da Unidade de Vinílicos da Braskem.

Menos entulho

O PVC, já muito usado na construção para a produção de tubos e conexões, começou a ganhar aplicações diferentes. Em novembro do ano passado, Global Housing, DuPont e Braskem firmaram parceria inédita para lançar no mercado brasileiro um novo conceito para construção residencial e comercial usando como base o PVC.

Apresentada como ‘Casa de Concreto PVC’, a tecnologia representa uma forma inovadora e rápida para construir, em escala industrial, diferentes tipos de edificações. O sistema proporciona a redução em perdas por entulho e desperdício de materiais, como a madeira, muito utilizada na construção civil. Economia no consumo de água e energia na obra e elevado ganho de produtividade são também vantagens do produto.

Outros fatores que se destacam neste sistema são a rapidez na construção, sendo possível erguer uma casa com acabamento completo em até uma semana (pelos métodos tradicionais é necessário um período de 90 dias), durabilidade, facilidade de limpeza e conservação e baixa manutenção.

Alternativa

As telhas também estão sendo produzidas com o PVC. Além dos diferenciais técnicos, inerentes à resina, como resistência a agentes químicos, leveza e durabilidade, as telhas de PVC se mantêm estáveis às tempestades, granizos e outras intempéries.

Frente às variações de temperatura, sua estabilidade estrutural e de cor são superiores às telhas convencionais. Além disso, o produto é ambientalmente correto, já que o PVC é totalmente reciclável e pode ser uma alternativa mais ecoeficiente em relação a outros materiais.

Origem renovável

O mundialmente reconhecido plástico verde, polietileno produzido pela Braskem a partir do etanol de cana-de-açúcar, também fez sua estréia no mercado da construção neste ano. O produto está sendo utilizado pela Tigre na fabricação da nova linha de grelhas, que passa a ser chamada de Grelha Ecológica Tigre. A resina também é utilizada desde novembro de 2011 nos cabos elétricos Afumex Green. Produzidos pela Prysmian, são os primeiros cabos ecológicos do mundo.

O plástico verde tem como principais características ser de fonte renovável e absorver CO2 da atmosfera - gás causador do efeito estufa - durante o seu processo produtivo. Para cada tonelada do plástico produzida, até 2,5 toneladas de CO2 são retirados da atmosfera.

Saneamento

O plástico também está sendo usado para conferir mais agilidade e qualidade em obras de saneamento pelo Brasil. Os poços de visita, conhecidos tradicionalmente como bueiros, feitos de polietileno, estão sendo produzidos com tecnologia moderna, tornando as tarefas de instalação e manutenção mais simples, econômicas e ecologicamente corretas.

Uma das características dos poços de visita de polietileno linear é a durabilidade, já que possuem excelente resistência a quebra sobre pressão e resistência de impacto. Com isso, estão menos sujeitos a fissuras e orifícios que levam ao vazamento, evitando contaminações do solo.

“Nosso portfólio de produtos lançados nos últimos anos demonstra o trabalho incansável de nosso Centro de Tecnologia e Inovação para se manter à frente das tendências do mercado e encontrar soluções inteligentes e sustentáveis para contribuir com os desafios dos nossos clientes”, disse Luciano Guidolin, vice-presidente da Unidade de Poliolefinas da Braskem.

Fonte: Tribuna Hoje